MINHA TRAJETÓRIA

Em 2001, depois de concluir a especialização em Terapia de Família e o Mestrado em Psicologia ingressei para o corpo de professores do Programa de Formação de Empreendedores da PUC Rio, onde trabalhei até 2014. Mas o que o Empreendedorismo tem a ver com a Terapia de Família?

Sou uma entusiasta do empreendedorismo como meio de inserção profissional e acredito que todos nós manifestamos as características empreendedoras na nossa vida – alguns mais do que outros, em alguns momentos mais do que em outros. Minha formação me deu ferramentas para trabalhar com o despertar e / ou identificar as características empreendedoras nos alunos.

m 2010 ingressei no serviço público federal – além de psicóloga clínica, professora universitária, agora eu era também analista de Recursos Humanos do IBGE.

Isso e aquilo

Eu sempre gostei de transitar por todos esses lugares; experimentei novas carreiras, novos papéis, descobri habilidades, adquiri competências.
A dificuldade de escolher, já que a cada escolha temos que lidar com inúmeras renúncias, me levou a um desenvolvimento na logica do “isso e aquilo” e sou grata por essas junções.

A experiência de sala de aula me ajuda na elaboração das palestras  desde a escolha do tema, definição do roteiro, elaboração dos slides e apresentação em si.

A experiência de pesquisadora me ajuda a orientar trabalhos de final de curso de alunos de graduação e pós-graduação e a preparar relatórios e documentos – completos, objetivos e sem ideias preconcebidas.

Já a experiência com as empresas familiares me ajuda no desenvolvimento de programas e atividades relacionadas ao processo de sucessão gerencial, à gestão do conhecimento e à convivência harmoniosa das diferentes gerações no ambiente de trabalho. Muitas das coisas que aprendi com as empresas familiares e com as famílias podem ser usadas em várias empresas e em diferentes contextos.

Sempre fui curiosa e, ao longo da vida, não sei precisar quando, aprendi que existem tantas realidades quanto forem os sujeitos observadores; nossas ideias são fruto do nosso ponto de vista e das nossas experiências. Nossas certezas e nossas visões nos impedem de ver a perspectiva do outro. Já parou para pensar nisso?! E com base nessas ideias, passei a treinar a minha escuta ativa, a curiosidade genuína e a empatia.

No final de 2017 sai do Rio de Janeiro, para uma aventura do outro lado do Oceano, mais especificamente na cidade de Padova (Pádua), na Itália. Me programei para um ano sabático, descobri o poder dos grupos e me descobri escritora!!

Não foi um percurso simples; precisei lidar com o desconhecido, com meus medos, sentimentos e emoções. Foi preciso senti-los, nominá-los, reconhecê-los e organizá-los.

Paralelamente a isso, tentava entender o comportamento e os costumes de cada país e sua cultura, sem fazer comparações, sem deixar me influenciar pelas minhas ideias preconcebidas, pelas minhas preferências e estranhamentos. Emoção e razão caminhando juntas.
Essa maneira de ver o mundo é de muita utilidade no processo de ajudar pessoas, família e empresa a passarem por seus processos de mudança.